segunda-feira, 7 de setembro de 2009

UMA GAIVOTA VOOU

Uma gaivota voou

Nem sequer para trás olhou

Quando atravessou o Tejo

Foi pousar numa canoa

Pôs-se a olhar p’ra Lisboa

Chorou pelo Alentejo



Teve que seguir em frente

Encontrou boa e má gente

Mentiu quando foi preciso

Dentro daquela cidade

Sozinha e com pouca idade

Mesmo assim teve juízo



Ouve alguém que lhe foi dizer

Terás muito que aprender

Num mundo que não é teu

Gaivota estás condenada

Voltaste a ser explorada

Foi sina que Deus te deu



Chegaste aqui sozinha

Hoje tens uma casinha

A onde nada deixaste

Gaivota quem te diria

Que vinhas a ter um dia

O ninho de onde voaste

Sem comentários: