Uma gaivota voou
Nem sequer para trás olhou
Quando atravessou o Tejo
Foi pousar numa canoa
Pôs-se a olhar p’ra Lisboa
Chorou pelo Alentejo
Teve que seguir em frente
Encontrou boa e má gente
Mentiu quando foi preciso
Dentro daquela cidade
Sozinha e com pouca idade
Mesmo assim teve juízo
Ouve alguém que lhe foi dizer
Terás muito que aprender
Num mundo que não é teu
Gaivota estás condenada
Voltaste a ser explorada
Foi sina que Deus te deu
Chegaste aqui sozinha
Hoje tens uma casinha
A onde nada deixaste
Gaivota quem te diria
Que vinhas a ter um dia
O ninho de onde voaste
Sem comentários:
Enviar um comentário